O Brasil começa a deixar para trás a pior recessão de sua história, mas as marcas dela ainda ficarão entre nós, por muito tempo, principalmente nos jovens. “Estes perderam três vezes mais renda que a média”, diz o economista Marcelo Neri, que foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), entre março de 2013 e fevereiro de 2015, no governo Dilma Rousseff. Fundador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV), dedicado a estudar desenvolvimento e inclusão social, Neri discorda daqueles que afirmam que o ajuste fiscal prejudica os mais pobres, afirmando que ignorá-lo trará efeitos ainda mais perversos. “Se não fizer, teremos uma insolvência fiscal, inflação alta, que penalizará quem tem menos”, diz Neri. Para o economista, o Brasil registrou fortes avanços sociais, apesar das crises, mas não conseguiu traduzi-lo em ganhos permanentes. “Nossa produtividade passou incólume com o aumento de escolaridade, o que indica algum problema econômico.” As informações são da IstoÉDinheiro.
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