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Elas contam que enfrentaram a dor do abuso sexual, narram a dificuldade de reviver aqueles momentos e denunciar o estupro e, como se o sofrimento não fosse suficiente, dizem que tiveram que encarar a descrença e o ceticismo de todos a sua volta.
São mulheres com idades entre 55 e 90 anos. A maioria sofre de doenças degenerativas como o Alzheimer e carrega o estigma de uma memória falha, muitas vezes embaralhada ou desconexa. Vivem em três casas de repouso de Waynesville, uma cidade de 10 mil habitantes na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
As denúncias surgiram a partir do desespero de uma senhora com dificuldades de locomoção, que depende de dois balões de oxigênio acoplados à cadeira de rodas para respirar. Só uma enfermeira levou seu depoimento a sério, em meio ao desinteresse de médicos e funcionários da clínica, e levou o caso à polícia local.
A idosa havia lhe narrado em detalhes uma noite em que o enfermeiro Luiz Gomez, de 58 anos, se ofereceu para ajudá-la a ir ao banheiro, trancou a porta assim que ela se aproximou do vaso, levantou sua camisola e a estuprou.
Os diretores do asilo não acreditavam nas duas. Familiares não foram avisados sobre o caso. A enfermeira chegou a ser demitida depois de enfrentar a chefia e levar a história para além das paredes controladas da clínica. A narrativa da vítima do estupro era interpretada como confusão mental, fruto dos medicamentos pesados que toma para controlar problemas crônicos no pulmão e no coração. CONTINUE LENDO
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