por Júlia Vigné
Foto: Andre Borges/Agência Brasília
As obras do estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, resultaram no pedido da Polícia Federal (PF) do indiciamento de 21 gestores públicos e empresários por suposto faturamento na construção da praça esportiva, que recebeu a abertura da Copa. O documento, enviado pela PF à 10ª Vara da Justiça Federal no DF cita os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice e ex-assessor de Michel Temer, Tadeu Filippelli (PMDB). De acordo com o relatório, que conta com quase 350 páginas, o sobre preço nas obras do estádio atingiu R$ 559 milhões, apenas R$ 1 milhão a menos do que foi previsto inicialmente como valor de toda a obra. O documento sustenta que os ex-governadores e o ex-vice-governador receberam propina, assim como informado por delatores da Andrade Gutierrez. O acordo realizado previa o favorecimento das empresas vencedoras frente as demais empresas concorrentes. A Polícia Federal também identificou a possível concessão de informação privilegiadas à Andrade Gutierrez. Funcionários públicos, advogados e executivos de empreiteiras também foram indiciados. A PF afirma que o gasto total com a construção do estádio, inaugurado em 2013, foi de R$ 1,575 bilhão. O Tribunal de Contas aponta gastos de até R$ 2 bilhões, enquanto o Palácio do Buriti afirma que o gasto foi entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,6 bilhão. A Operação da PF que investiga o caso, Panatenaico, foi deflagrada em 23 de maio. BN
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