Foto: Reprodução / TV Globo
O ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Paulo Roberto Cortez, foi o primeiro a fechar acordo de delação premiada na Operação Zelotes. O juiz Vallisney de Souza Oliviera, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, já homologou a negociação. De acordo com O Globo, Cortez confirmou a investigação feita pela Polícia Federal sobre a compra de votos no Carf, tribunal administrativo que permite às empresas recorrerem de multas aplicadas. É no colegiado que fica decidido se as multas podem ser reduzidas ou canceladas. O delator contou que recebia R$ 10 mil em dinheiro vivo para fazer o trabalho técnico que o então conselheiro José Ricardo da Silva, também consultor em casos do Carf, não fazia. "Antes de cada sessão, quando eu trabalhava com ele, eu fazia as devidas explicações, repassava para ele o material e fazia as explicações de cada matéria a ser tratada no julgamento", teria informado Cortez. Ainda de acordo com O Globo, citando reportagem da TV Globo, o delator também denunciou o caso do BankBoston, em 2012, quando o banco teve multa reduzida de R$ 600 milhões para R$ 100 milhões em um processo. Ele teria recebido um voto do então conselheiro Valmir Sandri favorável ao banco, e foi orientado a adaptar o texto aos padrões do conselho. BN
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