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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

DÍVIDA É FUNÇÃO DE RECESSÃO E DESEMPREGO

Em teoria econômica é costume o uso da matemática e da estatística para apresentar resultados. Isto se chama de econometria. Com ela se procura especificar a função das variáveis, para estudos de regressão e projeção. A especificação é a busca das variáveis que explicam o fenômeno (variáveis x, chamadas de independentes) e daquelas que são explicadas (variáveis y chamadas de dependentes). Várias instituições de pesquisa nacionais, como IBGE, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e grandes bancos tem efetuado estudos que a recessão veio associada a déficits primários crescentes desde 2014 e que estão provavelmente garantidos até sete anos, inclusive. Para 2017, o crescimento esperado está por volta de zero a 0,5%. Para 2018, as projeções esperadas são de 2%. No entanto, o desemprego demorará em cair e cairá muito pouco.

A notícia de hoje vem da FGV. Apesar dos sinais positivos mostrados por certos segmentos produtivos, o PIB do segundo trimestre recuou 0,24%, em contraste com o indicador do Banco Central que revelou, há dois dias, crescimento de 0,25%. Para BC e FGV o primeiro trimestre foi muito bom. A recuperação da atividade econômica do País entre os meses de abril a junho foi prejudicada pelo mau desempenho do segmento da indústria da construção civil.

Em manchete de primeira página da Folha de ontem “Alta da dívida faz Brasil destoar de países emergentes”, com base em estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre o dobro ao triplo do estoque do endividamento de dez países escolhidos, Índia, China, México, África do Sul, Argentina, Colômbia, Chile, Indonésia, Turquia e Rússia. Na Folha de hoje há a citação de estudo do Banco Credit Suisse, analisando 37 países, que passaram por recessão nas últimas décadas, revelou que, se o Brasil crescer 2% ao ano, a taxa de desemprego de 2014 somente retornará em 2022. Enquanto isso, o FMI, acima citado, refere-se que, no mesmo período, a dívida pública saltará de 60% para 87,8%. Os tempos não serão nada fáceis, mas se sairá lentamente do temporal, o que é uma análise otimista, face ao quadro de crise fiscal no qual o Brasil se encontra. por Paulo Brito

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