Foto: Unicef / Alzekri / ONU News
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que mais de 5 mil pessoas apresentam diariamente sintomas de diarreia aguda ou cólera no Iêmen, no que já se caracteriza como o "maior surto da doença do mundo". Desde 27 de abril já foram registrados no país 368.207 casos suspeitos e 1.828 mortos. A prioridade da OMS, segundo informações da Agência Brasil, é estender os serviços de atendimento que "estão funcionando", uma vez que mais de 99% dos pacientes suspeitos de cólera sobrevivem quando têm acesso aos serviços de saúde. A agência da ONU trabalha com parceiros para encontrar recursos e tem como prioridade as intervenções que tratem os afetados de forma eficaz e reduzam o alastramento da doença. As atividades da OMS incluem melhorar o acesso à água potável e ao saneamento, criar centros de tratamento, capacitar profissionais de saúde, reforçar a vigilância e atuar com as comunidades na prevenção. Outra área que merece atenção é a criação de centros para que a maior parte dos pacientes recebam a terapia de reidratação oral e o tratamento da doença que afeta aos mais vulneráveis. Cerca de 41% dos pacientes suspeitos são crianças menores de 15 anos. Um terço das mortes ocorre em pessoas com mais de 60 anos. É necessário ainda quebrar o que a OMS chama de "círculo vicioso de desnutrição e diarreia" no país, onde 17 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar. A "desnutrição piora a diarreia e a diarreia leva à desnutrição", destaca a agência. Em comunicado separado, o Escritório dos Direitos Humanos das Nações Unidas revela já ter registado 13.609 vítimas civis do conflito armado no país, que incluem 5.021 mortos e 8.588 feridos em vários incidentes. O escritório alerta que o número total "pode ser muito maior", e cita estimativas sugerindo mais de 11 mil mortos desde o início dos confrontos há mais de dois anos. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário