Numa estrada coberta de lama, Claudio Santos de Jesus, 42, segue caminhando até o povoado de Rio Fundo, em Terra Nova, cidade de 13 mil habitantes a 81 km de Salvador. Desempregado, aproveita para assuntar sobre uma possivel vaga de trabalho no povoado vizinho ao de Paranagu, onde mora. Nos últimos dez meses, só conseguiu um temporário: cortou bambu em um assentamento de trabalhadores sem-terra. Antes, atuava no cultivo de capim em uma fazenda da cidade. Trabalhava por jornada, sem carteira assinada. Desde que foi demitido, ele, mulher e seus quatro filhos, com idades entre 4 e 14 anos, vivem exclusivamente dos R$ 202 que recebem do Bolsa-Familia. Segundo a Folha, a situação reflete o cenario de centenas de milhares de trabalhadores rurais nordestinos. Depois de um periodo de bonança, marcado por um movimento de trabalhadores voltando da cidade para o campo, a taxa de ocupação despencou na região. Ainda conforme a matéria de João Pedro Pitombo, da Folha, dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio) contínua do IBGE apontam que 2,3 milhões de brasileiros que tinham algum tipo de ocupação deixaram o mercado de trabalho entre o primeiro trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2017. CONTINUE LENDO »
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