O Levantamento aponta que 44, 6% dos entrevistados não consideram a sentença justa
O Nordeste do Brasil é a região que menos apoia a sentença de nove anos e meio de prisão aplicada pelo juiz Sérgio Moro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, divulgadas neste Domingo (16). O Levantamento aponta que 44, 6% dos entrevistados não consideram a sentença justa.
A pesquisa apurou que 65,5% dos entrevistados, em todas as regiões do Brasil, não veem problema com a análise do juiz. Outros 32,4% não concordaram com a decisão, e 2,1% não souberam dizer ou preferiram não opinar. A pesquisa ouviu 2.330 pessoas, de forma online, entre os dias 12 e 13 de julho.
Recurso – A defesa do Luiz Inácio Lula da Silva apresentou na sexta-feira (14) o primeiro recurso contra a sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula foi condenado em processo que investigou se o apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo, era propina paga pela OAS a Lula por contratos firmados pela empresa na Petrobras. Lula nega as acusações e, na avaliação dos advogados que o representam, Moro teve atuação política na sentença.
De acordo com a petição protocolada pelos advogados no sistema eletrônico da Justiça Federa, no Paraná, a intenção é “suprir as omissões, contradições e obscuridades” da sentença. Esse recurso apresentado chama-se embargos de declaração e é usado como instrumento por advogados justamente para solicitar ao juiz revisão de algum ponto da sentença.
Neste sábado (15), a força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o recurso é um rito normal do processo e que, conforme já divulgou, vai recorrer da sentença. O juiz Sérgio Moro afirmou que vai se manifestar nos autos do processo.
O recurso é analisado pelo próprio juiz Sérgio Moro – não existe prazo definido para isso. Enquanto não houver decisão, o prazo para apelação, que é outro recurso analisado no Tribunal Regional Federal (TRF 4ª Região), em Porto Alegre, fica suspenso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário