É muito importante que a população possa acompanhar o desempenho do seu representante político, principalmente nesse momento de grande crise política em que o país atravessa, de tanta insegurança e angústia. Além dos escândalos protagonizados pelos maus políticos, tem- se ainda dois polêmicos temas em evidência, as reformas trabalhista e previdenciária, que com certeza precisam ser feitas para que o Brasil saia do abismo, mas necessitam ainda de serem discutidas em todas as camadas da sociedade, para que direitos e deveres sejam para todos e não só para alguns. Isto quer dizer que representantes da sociedade civil organizada, como também dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) precisam estar inseridos com obrigações e garantias por iguais.
O país tem 14 milhões de desempregados, a lei trabalhista é dos anos 1940, os países estão atualizando suas legislações e há pontos que precisam mesmo de mudança. A proposta do governo tem defeitos, mas esta também é uma agenda do país. O foco de qualquer discussão no Brasil tem que ser como proteger os que estão mais vulneráveis: no desemprego, no emprego informal ou nas mais variadas formas de trabalho precário. Mas estes, pelas próprias circunstâncias, são os verdadeiros invisíveis. Essas reformas melhoraria a vida deles? Mas o problema é que eles não aparecem no debate dos que dizem defender os trabalhadores.
A situação política é extremamente complexa. Como um governo tão contestado, e tão impopular, pode fazer andar uma proposta de reforma em leis trabalhistas ou previdenciárias? É difícil mesmo. Por outro lado, essa é uma agenda que o Brasil terá que enfrentar em algum momento. A Previdência tem um enorme déficit, e negar a existência do rombo não vai reduzi-lo. As leis trabalhistas não estimulam a criação de empregos, não criam parâmetros para as novas profissões, não dão espaço para arranjos mais flexíveis entre empregador e empregado e ainda estimulam os contenciosos judiciais entre os dois lados. Mas diante de tanta crise, somos um povo esperançoso e guerreiro, por isso não iremos desistir do nosso Brasil! Por Ricardo Costa
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