Míriam Leitão, O Globo
O país voltará a ter juros de um dígito nessa semana, o que não ocorre desde novembro de 2013. A taxa, hoje em 10,25%, será cortada provavelmente em um ponto percentual na reunião do Copom que termina quarta-feira. Dessa vez, a inflação baixa permite a redução sustentável da Selic. No começo da década havia sido diferente. A Selic naquela época foi reduzida na marra pelo governo Dilma e provocou problemas na economia.
A ex-presidente queria a redução da taxa de juros mesmo com a inflação elevada. A Selic foi a 7,25% entre 2012 e 2013. Dilma forçou a barra. Naqueles anos, o IPCA terminou em 5,84% e 5,91%, respectivamente. A decisão estimulou a inflação a subir ainda mais. Em 2015, o IPCA terminou em 6,41% e foi a 10,67% no fim do ano passado.
É preciso ter as condições para reduzir os juros. A inflação agora está baixa. O país tem registrado, inclusive, taxas negativas neste inverno. A expectativa é que o IPCA termine o ano próximo de 4%, mesmo com a alta de impostos.
O crescimento está baixo e o desemprego, elevado. Os juros, nesse cenário, podem e devem cair.
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