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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Falsa médica do "golpe do bumbum" é encontrada morta no Rio, polícia suspeita de vingança

do BOL, em São Paulo*Reprodução/Facebook
Marcilene foi presa em 2013 e 2015, mas respondia aos processos em liberdade
Acusada de aplicar silicone industrial em pelo menos dez mulheres no chamado "golpe do bumbum", a falsa médica Marcilene Soares Gama, de 49 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio no Recreio dos Bandeirantes, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). Segundo o jornal Extra, a Divisão de Homicídios (DH) trabalha com a hipótese principal de que uma vingança teria motivado o assassinato.

Conhecida como Lenny Gama, Marcilene se apresentava como esteticista e fazia aplicações do produto industrial nos bumbuns das vítimas, sendo que o material não é certificado para uso estético. Desde 2013, pelo menos dez mulheres, no Rio de Janeiro e São Paulo, denunciaram a falsa médica após estragos provocados pelo produto no corpo das clientes, uma investigação em São Paulo apurou que Marcilene atendeu mais de 300 mulheres em diversas cidades do país.

O corpo de Lenny foi encontrado no último sábado (22), apenas com as roupas íntimas e com um tiro no rosto, à queima roupa, o que leva os investigadores a acreditar que o disparo foi feito "por pessoa que está querendo vingar, com raiva da vítima", disse o delegado Fábio Cardoso ao jornal.

EM 2015, CLIENTES FORAM AMEAÇADAS PELA FALSA MÉDICA
Lenny estava amarrada e sem documentos. O carro da mulher foi encontrado próximo ao terreno pela polícia.

Reprodução/Facebook
Trabalho era divulgado em aplicativos e nas redes sociais

Marilene tinha sido presa em julho de 2013, no Rio de Janeiro, quando foi liberada após pagamento de fiança, e em maio de 2015, em São Paulo, quando recebeu um alvará de soltura da Justiça. Lenny respondia aos processos em liberdade.

As aplicações do produto não eram feitas em clínicas ou consultórios, e sim em apartamentos comuns. A divulgação do trabalho acontecia pelas redes sociais e no boca a boca. Lenny dizia às clientes que usava hidrogel, produto que também é proibido para aplicações estéticas.  (Com informações do jornal Extra)

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