Cientistas da Fiocruz fizeram o sequencialmente genético do vírus da febre amarela encontrado em macacos e pessoas infectadas no Brasil e descobriram que ele havia sofrido pelo menos oito mutações.
Os resultados da pesquisa foram repassados ao Ministério da Saúde, a fim que os patógenos sejam assistidos para prover orientações e melhor vigilância sanitária. O Brasil vive hoje o maior surto de febre amarela em décadas, como 756 casos confirmados e 421 mortes. No entanto, os pesquisadores garantem que a vacina contra a doença é eficaz.
Eles compararam os resultados com sequenciamento genético disponível em um banco de dados que mostra os efeitos da febre amarela no mundo inteiro. Descobriu-se que o vírus sofreu oito mutações desde 2010 até fevereiro deste ano. “Isso pode dar ferramentas preciosas para você fazer uma melhor vigilância sanitária”, disse Myrna Bonaldo, pesquisadora da Fiocruz. “Prever para evitar piores casos”.
Apesar das novas descobertas, os pesquisadores garantem que a vacina, que vem sendo administrada há 80 anos, é eficaz contra várias estirpes do vírus. O Ministério da Saúde disponibilizou 70 milhões de doses da vacina para este ano. Nove estados do Brasil estão em campanha contra a febre amarela.Segundo os pesquisadores, os impactos da descoberta ainda serão investigados.
Amostras colhidas de outros estados do Brasil serão sequenciadas em comparação a coletas feitas em humanos, macacos e mosquitos. Os cientistas esperam que os resultados do estudo ajudem a identificar em qual região o vírus está mais agressivo. Os resultados da pesquisa já foram encaminhados ao departamento de vigilância do Ministério da Saúde e também aos órgãos de saúde da Itália, EUA e Inglaterra. [ R7 ] [ Fotos: Reprodução / R7 ]
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