Foto: João Godinho/Agência O Globo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a defender a adoção de delações premiadas como “exigência indispensável” no combate às organizações criminosas. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo desta quinta-feira (25), ele sustenta que, de forma pragmática, a colaboração tomou o lugar do “caminho tradicional para aplicação da lei”, considerado por ele “ineficaz e instrumento de impunidade”. Pela natureza da nossa instituição, talhada para a persecução penal, é evidente que, se fosse possível, jamais celebraríamos acordos de colaboração com nenhum criminoso. “No campo da vontade, desejamos o rigor máximo para todos os que transgridem os limites da lei penal, sem concessões”, destaca Janot. O procurador-geral ressalta ter deixado de lado “a utopia, o personalismo e o aplauso fácil” em nome do "senso de responsabilidade para com o país" e decidiu celebrar o acordo com os donos da J&F — colaboração, segundo ele, que mostrou às autoridades a insuficiência de “três anos de trabalho intenso para intimidar um sistema político ultrapassado e rapineiro”.
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