A vida das cortesãs japonesas no período Edo (1603 – 1868), no Japão, não era nada fácil.
Os bordéis eram regulados pelo Estado e localizados em zonas completamente fechadas. Logo, para as mulheres que trabalhavam ali, era praticamente impossível sair, exceto se algum de seus clientes se apaixonasse e a tomasse em matrimônio. Estes bordéis de luxo eram essencialmente frequentados por samurais ou comerciantes, socialmente inferiores, porém ricos.
Em algumas ocasiões, os clientes chegavam a se afeiçoar pela sua cortesã favorita, passando a visitá-la com frequência. No entanto, tal ação era vista como “suicídio social”, uma vez que não era bem visto pela sociedade que um homem em determinada posição se casasse com uma amante.
Porém, estas mulheres estavam sempre dispostas a fazer qualquer coisa para comprovar seu amor – até mesmo automutilação. Elas costumavam cortar um dos dedos e oferecê-lo como uma promessa de amor verdadeiro – algo que era considerado a maior demonstração de devoção que uma cortesã poderia oferecer.
Na obra “The Great Mirror of Male Love”, (“O Grande Espelho do Amor Masculino”, em tradução livre) de 1678, o autor Ihara Saikaku explica que os casais heterossexuais, por vezes, eram praticantes de hábitos homossexuais. Isso significa que eles passaram a entregar aos (às) amantes objetos que representassem seu amor, o que incluía pedaços de unhas, mechas de cabelo e até mesmo dedos, que cortavam e colocavam em bolsinhas para que pudessem ser usados no pescoço. Para as prostitutas, este último era o melhor exemplo de devoção a um parceiro.
No entanto, ao que se sabe, algumas destas prostitutas apenas encenavam a mutilação. Elas compravam esses dedos de moradores de rua ou no mercado ilegal por meio de vendedores ambulantes. Então, uma vez evidenciado o amor pelo homem, as de maior sorte eram levadas para fora do bordel. [ Super Curioso ] [ Fotos: Reprodução / Super Curioso ] http://www.jornalciencia.com
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