do BOL, em São Paulo
Partidos aliados ao PMDB na base do governo Michel Temer já consideram que o presidente não tem mais condições de se manter no cargo. Liderados por membros do PSDB, alguns parlamentares chegaram a expor a ele este pensamento. As informações são da Folha de S.Paulo.
Como Temer resiste em renunciar após o escândalo dos áudios e das delações do grupo JBS, a solução para alguns seria a de esperar a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014, pelo TSE.
Segundo a reportagem, até a semana passada, a expectativa era a de que o TSE livraria Temer de punições. Porém, com o impasse, o consenso é de que a cassação seria a melhor maneira de fazer o presidente deixar o cargo. O processo será julgado no próximo dia 6.
Após desistir da solicitação para que o Supremo Tribunal Federal suspendesse o inquérito do caso contra si, Temer afirmou a aliados que tentaria diminuir a pressão estimulando uma agenda econômica no Congresso. Mas, segundo a Folha, ninguém mais acredita que isso seja viável. A tensão e a dificuldade na leitura do texto da reforma trabalhista no Senado provaram isto.
Nas palavras de um líder tucano, de acordo com a Folha, a sucessão seria "o próximo passo". O PSDB, partido considerado maior aliado da gestão Temer, quase desembarcou do governo na semana passada e tem buscado esticar ao máximo a permanência, já que espera que o PMDB o ajude na possível eleição indireta e na montagem de uma nova equipe.
Um dos grupos de tucanos que mais enfáticos no desembarque do governo é o da Câmara. Deputados devem ter um encontro para "acalmar os ânimos" ainda hoje com o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE).
As siglas trabalham com o cenário constitucional: uma eleição indireta um mês após Temer deixar o poder. Já a eleição direta, que dependeria de alguma leitura heterodoxa do TSE ou de até quatro meses de tramitação de emenda constitucional, desagrada. (Com informações da Folha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário