Em sessão especial do Legislativo itabunense na terça, 24, o presidente da Emasa, Jáder Guedes, justificou o aumento médio de 10,5% nas contas de água com os 19 meses de congelamento da tarifa (a última alteração ocorreu em outubro de 2015). Somado a isso, a Emasa registra R$ 75,2 milhões em débitos. “A empresa quebra se não tiver o reajuste”, alegou Guedes.
Segundo Jáder, apesar da dívida, de janeiro a abril deste ano, a Emasa apresentou saldo positivo nas finanças e projeta melhorias no saneamento com a quitação de despesas. “Termino de pagar uma dívida de R$ 600 mil em junho [de 2018]. No ano são R$ 8 milhões. Isso dá muito investimento,” comparou. Hoje a Emasa ainda tem R$ 23,2 milhões a receber de inadimplentes.
Apesar da justificativa e da promessa de obras, alguns vereadores classificaram o momento como inoportuno para o reajuste. Eles recordaram a recente crise hídrica que afetou Itabuna. Com a regularização do abastecimento, o Ministério Público estadual obrigou a Emasa a ressarcir os contribuintes, por meio de descontos nas faturas, em R$ 5,3 milhões.
O enxugamento do quadro funcional como estratégia para reduzir custos, defendido por Guedes, preocupou o Júnior Brandão (PT). O vereador petista solicitou cautela na demissão de servidor efetivo, com base no critério de produtividade, já que o ato requer processo disciplinar administrativo. O pagamento de salários (R$ 16,5 milhões) representa 48,7% das despesas da Emasa.
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