Foto: Reprodução / YouTube
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à Presidência em 2018, tem destinado parte de suas palestras pelo país para criticar demarcações de terras indígenas e defender a exploração de recursos nesses locais, como o nióbio. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele tem defendido que o país deveria ter maior controle sobre as reservas do metal e que há jazidas gigantes ainda inexploradas sobre terras demarcadas em Roraima. O mineral é considerado estratégico: se misturado ao ferro, cria um tipo de superliga mais resistente que o aço comum, além de mais leve, que tem aplicações em indústrias – incluindo a fabricação de foguetes e reatores nucleares. "O nióbio vale mais do que o ouro", declarou Bolsonaro no início de abril, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro. O parlamentar se enganou, no entanto: uma tonelada de nióbio, já transformado em liga, custa cerca de US$ 15 mil. Já o quilo do ouro, na cotação de sexta-feira (21), valia US$ 41,3 mil – logo, a tonelada custa US$ 4,13 milhões. Bolsonaro também afirma que a maior reserva de nióbio está sob terras indígenas e apresenta, durante as palestras, um mapa feito pelos militares brasileiros nos anos 1970, listando os principais recursos naturais sob o solo brasileiro. "Dentro de Roraima vocês acham tudo o que existe na tabela periódica. De A a Z. Nióbio, ouro, bauxita, diamante, tudo", apontou, em menção à reserva indígena Raposa Serra do Sol, que é alvo de disputas. BN
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