por Matheus Caldas*Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias
A Série B do Campeonato Baiano começa na próxima semana e, no intuito de conseguir o acesso, o Jequié trouxe um técnico especialista no assunto: Paulo Sales. Atuando desde 2008 como treinador profissional, ele conseguiu quatro acessos em seis finais disputadas. Ele ficou de fora da decisão em apenas duas oportunidades.
Sales conquistou as vitórias com Madre de Deus (2008), Juazeirense (2011), Fluminense de Feira (2015) e Jacobina (2014). No ano passado, ele bateu na trave com o Teixeira de Freitas, vice-campeão para o Atlântico.
Nascido em Jequié, Sales diz que, caso o acesso venha, ele marcaria um dos momentos de maior alegria da sua curta carreira de técnico, pois seria uma forma de agradecimento. Ele começou nas categorias de base da agremiação, em 1977, quando tinha 16 anos. “Para mim seria um prazer indescritível. Na verdade, há uma cobrança muito grande. A cidade está há 20 anos sem disputar a primeira divisão. Acredito que, de todas as equipes que consegui o acesso, aqui seria o que me deixaria mais satisfeito. Devo para Jequié esse legado”, revelou, em entrevista ao Bahia Notícias.
O técnico, no entanto, não chegou a se profissionalizar pelo Jequié. Em 1980, ele foi comprado pelo Bahia. Após rápida passagem pelo VX de Jaú-SP, em 1986, retornou e participou da maior glória da história do Tricolor: o título brasileiro em 1988. Na época, ele era reserva do volante Paulo Rodrigues, um dos pilares da equipe. Ele também teve passagens por Santa Cruz, São Caetano e Figueirense. Em 1996, resolveu encerrar a carreira pelo time de sua cidade. Agora, seria o momento de escrever uma nova página nesta história com um eventual acesso à Série A do estadual.
Sales foi campeão brasileiro com o Bahia | Foto: Leandro Silva Blog
Para o ex-jogador, seu sucesso na divisão de acesso baiana se deve ao poder de saber lidar com um grupo heterogêneo e aos jogadores já conhecidos do interior do estado. “Eu acredito que você começa a conhecer o campeonato. A maioria dos atletas jogam aqui. Há uma penetração muito pequena de atletas de fora. Com isso, você já conhece as características de cada um (...) Eu consigo gerenciar muito bem o grupo e isso é uma parte fundamental. A probabilidade de êxito é muito importante. Além da parte tática, venho desempenhando muito bem isso”, pontuou Sales, que está na sua segunda passagem pelo Jipão. Ele comandou o time em 2013, mas saiu antes do término da competição.
Para o técnico, no entanto, o Jequié deve ser seu último clube baiano a curto prazo. O intuito é sair do estado no início de 2018. “Todos nós, treinadores de equipes menores, almejamos chegar em equipes medianas, pelo menos. Mas, no futebol, não analisam o trabalho diário. Eu sou um estudioso do futebol. Já tomei cursos diversos e vivo o futebol 24h. Acontece que você dificilmente é valorizado, a não ser que tenha um bom empresário. É preciso sair da Bahia e fazer uma campanha boa para chegar a um clube maior daquele outro estado”, lamentou.
Na Série B estadual, a estreia do Jequié será no dia 16 deste mês. Em casa, no Estádio Waldomiro Borges, o adversário será o Atlético de Alagoinhas, às 11h. BN
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