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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Governo acha bactérias em carnes de 2 de 21 empresas investigadas

Do UOL, em São Paulo
Vinicius Boreki/UOL
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, afirmou nesta quinta-feira (06) que o governo recolheu 302 amostras das 21 empresas investigadas na Operação Carne Fraca. Do total analisado, oito amostras, de 2 empresas, apresentaram bactérias.

Segundo o ministério, a bactéria salmonella foi encontrada em sete laudos de hambúrgueres da marca Transmeat, de três lotes diferentes. Os tipos de bactéria encontrados não causam problema à saúde, de acordo com o governo. Porém, o secretário afirmou que hambúrgueres não podem ter salmonella de qualquer tipo.

Outra bactéria, chamada estafilococos, foi encontrada em um lote de linguiça do Frigosantos. Ela pode causar diarreia e vômito, segundo Novacki.

O ministério afirma que esses produtos já foram recolhidos e serão descartados. O advogado da Frigosantos, João Francisco Sampaio, afirmou que a empresa não foi informada sobre a irregularidade. Procurada, a Transmeat ainda não havia se manifestado até esta publicação. 

Amido em salsicha e água em frango
Outras 31 amostras apresentaram problemas que não causam risco à saúde, segundo Novacki, como excesso de amido em salsicha e de água em frango. As empresas foram notificadas e os lotes desses produtos foram recolhidos. 

O secretário afirmou ainda que já pediu o cancelamento do SIF (Serviço de Inspeção Federal), um selo obrigatório para os produtos de origem animal, da Peccin (825 e 2155), em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (PR), e da Central de Carnes Paranaense (3796), em Colombo (PR).

O UOL tentou contato com a Peccin por telefone na manhã desta quinta-feira, mas ninguém havia atendido até a publicação desta nota. A Central de Carnes Paranaense afirmou que a própria empresa solicitou o cancelamento do SIF. 

Carne estragada
A Operação Carne Fraca da Polícia Federal revelou um esquema de pagamento de propina a fiscais agropecuários para liberar carnes adulteradas sem fiscalização.

Segundo a PF, as empresas teriam usado substâncias para 'mascarar' a aparência de carnes podres, utilizando carne estragada na composição de salsichas e linguiças, cometido irregularidades na rotulagem e na refrigeração das peças e usado mais água que o permitido em frangos.

Mercado aberto
O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse na quarta-feira (5), em Buenos Aires, na Argentina, que o Brasil já conseguiu reabrir a maioria dos mercados que haviam imposto restrições às carnes brasileiras. Ele informou que, nesta semana, Jamaica e Barbados voltaram a comprar do país.

Outros mercados como Hong Kong, China, Egito e Chile haviam decidido reabrir o mercado no final de março.

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