Foto: Lula Marques / Agência PT
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu as declarações do presidente Michel Temer sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, no ano passado. O peemedebista disse que o impedimento de Dilma foi uma vingança de Cunha e que ele não teve nada a ver com o processo (veja aqui). "Lamento que nesta data (...) tenha de vir a público desmentir o presidente que assumiu o cargo em decorrência desse processo. (...) O verdadeiro diálogo ocorrido sobre o impeachment com o então vice-presidente, às 14h da segunda-feira 30 de novembro de 2015, na varanda do Palácio do Jaburu, 48 horas antes da aceitação da abertura do processo de impeachment, foi submeter a ele o parecer preparado por advogados de confiança mútua, foi debatido e considerado por ele correto do ponto de vista jurídico", escreveu Cunha, de acordo com O Globo. Preso no Complexo Médico Penal em Curitiba, Cunha ainda rebateu as alegações de Temer sobre um encontro com o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, Márcio Faria da Silva. O delator disse que o encontro se deu no escritório político de Temer, que comandou a reunião de acerto de US$ 40 milhões em propina. O atual presidente da República disse em entrevista à Bandeirantes, no último domingo (16), que não tratou de valores, porque o objetivo central era "fazer pelo país". Cunha disse que Temer se "esquivou dos detalhes" e negou ter marcado qualquer reunião, embora tivesse "várias outras" marcadas por ele. "Nesse caso, o fato é que estava em São Paulo, juntamente com Henrique Alves, e almoçamos os três juntos no restaurante Senzala, ao lado do escritório político dele [de Temer] após outra reunião e fomos convidados, eu e o Henrique, a participar dessa reunião já agendada diretamente com ele", narrou o deputado cassado. O ex-deputado confirmou que a reunião não tratou de valores nem fez referência a qualquer contrato da empresa. "A conversa girou sobre a possibilidade de possível doação e não corresponde à verdade o depoimento do executivo", acrescentou. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário