Há um aspecto interessante que chama a atenção da Polícia Federal. O enriquecimento fantástico de operadores do caixa dois da Odebrecht. Poderia ocorrer desvio do caixa dois da empreiteira para locupletação do operador. Há suspeitas, especialmente dos que enricaram rapidamente. E, agora, que a contabilidade vem à luz, teriam dificuldades para justificar o destino de alguns recursos. Para sair dessa, atribuiriam como despesa do caixa dois, o dinheiro repassado oficialmente pela empresa. Assim surge o caixa dois do caixa dois, a investigar.
É o caso, para tomar um exemplo, de Fernando Santos Reis (foto), ex-presidente da Odebrecht Ambiental. Ele vem apontando o dedo acusador para políticos que receberam doações legais, através do Diretório Nacional do PDT, dizendo que são recursos que saíram do caixa dois. Ora, pois, este seria um caso de caixa dois do caixa dois. Fernando Reis é acusador de Osmar Dias, a quem atribui recebimento do caixa dois da Odebrecht, quando o recurso veio pelo PDT nacional de forma clara e legal. Fernando Reis recentemente comprou uma mansão em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, por um valor estratosférico. Reis tem vida e bens de nababo. Passa o mês de janeiro em Aspen, estação de esqui nos Estados Unidos. Coleciona carros, barcos e se move para Angra de helicóptero. Nada disso é compatível com seu salário de executivo da Odebrecht, que embora seja polpudo, não dá para tanto. O executivo é um dos delatores da empreiteira, segundo informações da coluna Radar On-Line, da Veja.
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