Conforme divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas tomadas contra H1N1 podem ocasionar resultados positivos em testes de HIV.
De acordo com informações divulgadas pela Gazeta do Povo, esse resultado pode ocorrer em até 112 dias seguidos à vacinação. No entanto, para a agência, esse fator não é considerado como um problema, pois a vacina não oferece qualquer risco de transmissão do vírus da AIDS.
A vacina contra gripe suína engana o teste de HIV e dá um resultado falso positivo.
Esse resultado acontece devido ao fato de que a vacina aumenta a produção de um anticorpo chamado Imunoglobina M (IgM), a primeira defesa do organismo contra todas as infecções. É ela quem “engana” o teste Elisa (Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay), que aqui no Brasil é o mais utilizado para diagnosticar a presença do HIV. Essa reação faz com que o organismo reproduza uma condição similar à de uma pessoa diagnosticada com o vírus da AIDS.
Contudo, a Anvisa afirma que não há motivo para maiores preocupações. O procedimento padrão realizado pela rede pública de saúde é que, se algum paciente receber o positivo para o HIV, exige realizar uma contraprova. E isso é feito por meio de um outro tipo de exame, chamado Western Blot.
Conforme apontado pelo especialista Edecio Cunha Neto, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia da USP, em entrevista à Gazeta do Povo, essa reação cruzada não é comum e tampouco apresenta gravidade. “No limite, o que acontece com a produção industrial em ritmo acelerado da vacina contra a nova gripe é que, se a quantidade de adjuvantes, os componentes que potencializam a ação da vacina, estiver um pouco acima, pode fazer a resposta imunológica ter uma reatividade cruzada: acabar dando positivo para várias outras coisas”, disse. [ Diário de Biologia ] [ Fotos: Reprodução / Diário de Biologia ]
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