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quinta-feira, 16 de março de 2017

Quando o patrocínio não é bem-visto

É de conhecimento geral que para levar um time de futebol, ainda que de várzea, amador, para a quadra, ainda que seja de terra batida, requer no mínimo 11 camisetas, shorts, meiões e chuteiras padronizados. É de conhecimento geral, também, que para que essa partida amistosa aconteça o outro time precisa estar uniformizado. E a bola tem que estar disponível para rolar pelo campo. Sem esse elemento não há jogo. Ainda que todos os escalados estejam a postos.

Uma peça de teatro, por mais ensaiada, decorada, marcada que tenha sido, requer a locação de um espaço para ser encenada. Exige um elenco básico, que pode fazer rodízio entre personagens. Vários atores podem desempenhar vários papéis, na mesma montagem. Mas sem o palco, nada disso acontece.

A mais elementar e básica sobremesa do almoço de domingo, junto da família, exige frutas, doces, açúcar, farinha, fermento, ingredientes para a calda ou cobertura. Ou seja, sem verba para os ingredientes, não há o que comprar. Sem os itens necessários, o almoço vai acabar sem sobremesa.

Da mais simples à mais elaborada atividade profissional, todos sabemos que é preciso ter um orçamento ajustado ao que se pretende executar, desenvolver, produzir. Não importa qual seja a atividade fim: comércio, indústria, serviço, qualquer uma delas pressupõe uma verba disponível para compra, aquisições, contratações.

A única atividade humana que não tolera, não admite o envolvimento de dinheiro é a política. Visando vínculos e ganhos futuros, muitos empresários patrocinam campanhas eleitorais para garantir vitórias em licitações duvidosas, questionáveis. E para não haver perda, os mais afortunados patrocinam os mais bem situados candidatos para que continuem ganhando.

Patrocínio de campanha eleitoral é destinar dinheiro de impostos para buscar benefício próprio. É tirar duplamente de cidadãos que não têm como sonegar impostos, porque o tíquete do supermercado, da padaria, da farmácia só é entregue nas mãos do consumidor APÓS o pagamento. Verba destinada a campanha política caracterizada como caixa dois, dinheiro repassado anonimamente, é o cúmulo da covardia.  Ana Lúcia Sesso / http://redegni.com

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