Do UOL, no Rio-Estefan Radovicz/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
O motorista que conduzia o carro, Francisco de Assis Lopes, (camisa rosa) participou da reconstituição do acidente com o carro alegórico da Paraíso do Tuiuti, na Sapucaí, no dia seguinte da tragédia
O motorista Francisco de Assis, o engenheiro Edson Gaspar e os diretores de carnaval, Leandro Azevedo, e de alegorias, Jaime Benevides da Paraíso do Tuiuti irão responder por imperícia, imprudência e negligência pelo acidente com o carro alegórico da escola de samba, que deixou 24 pessoas feridas no domingo (25) de carnaval na Marquês de Sapucaí. Os quatros foram indiciados pela delegada titular da 6ª DP (Cidade Nova), Maria Aparecida Mallet, nesta segunda-feira (6) .
O motorista foi indiciado também por lesão corporal culposa. Segundo a polícia, apesar de ter avisado sobre a dificuldade de enxergar a pista, ele poderia ter se recusado a dirigir e será responsabilizado no artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro (lesão corporal culposa decorrente de acidente de trânsito).
A Polícia também informou que a delegada concluiu que falhas humanas "foram determinantes" para indiciar os quatro envolvidos e confirmou que o laudo pericial referente ao caso deverá ser concluído até o fim desta semana.
Já com relação ao acidente envolvendo a Unidos da Tijuca na segunda-feira (26), três pessoas serão ouvidas ainda nesta segunda-feira, dia 6: o engenheiro responsável pelo veículo, Gilberto de Paula, o presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, e o diretor da empresa que construiu o carro, Mildenberg Batista.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que não foi aos desfiles das escolas de samba, falou nesta segunda-feira sobre os acidentes na Sapucaí. "Os acidentes na avenida foram algo que realmente nos deixaram assustados. Vamos ter que tomar medidas para que isso não ocorra mais. É preciso ver com os engenheiros que assinaram as autorizações a segurança dessas estruturas".
Crivella também alertou para o perigo com relação aos profissionais habilitados para dirigir os carros alegóricos."Os motoristas têm que estar habilitados para dirigir carros dessa magnitude; isso não é carro, ônibus ou caminhão. É preciso também que se faça teste do bafômetro para que ninguém dirija carros na euforia do Carnaval sem condições de fazer com segurança... O importante é que o Carnaval do ano que vem seja melhor do que esse".
Das quatro pessoas ainda hospitalizadas por conta dos acidentes na Sapucaí, três continuam em estado grave mas estável, e vítimas do acidente da escola Paraíso do Tuiuti: a radialista Elisabeth Ferreira Jofre, que fraturou a bacia e respira sem a ajuda de aparelhos, tem, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio, divulgado nesta segunda-feira (6), "evolução satisfatória".
Maria de Lurdes Maura Ferreira, que teve fratura exposta na perna, está "estável clinicamente".
A fotógrafa Lúcia Regina de Mello Freitas, internada no Miguel Couto, também quebrou a perna e continua com quadro grave, mas estável.
O estado do professor Leonardo Torres (hospital Lourenço Jorge), que sofreu traumatismo no abdômen após despencar com a alegoria da Unidos da Tijuca, é estável e apresenta boa evolução. Todos os pacientes internados até agora estão no CTI (Centro de Tratamento Intensivo).
Na última quarta (1°), a paciente Aline Souza, integrante da Unidos da Tijuca que estava em observação no hospital Souza Aguiar, recebeu alta.
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