Foto: ANPr/ SINDIAVIPAR
A Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (17), revelou fraudes em frigoríficos que vendiam carne para consumidores brasileiros e no exterior. Entre as irregularidades levantadas nos estabelecimentos, a PF apontou a presença da substância cancerígena ácido ascórbico, papelão e produtos podres. Uma veterinária responsável pelo controle de qualidade do frigorífico Peccin relatou que a empresa comprava notas fiscais falsas para despistar a compra de carne podre, e usava ácido ascórbico para maquiar as carnes estragadas. Investigadores também revelaram conversas em que o gerente de produção do frigorífico JBS sugere a um funcionário adicionar pedaços de papelão à carne moída. Uma interceptação telefônica de Paulo Rogério Sposito, controlador do Frigorífico Larissa, revela, segundo a PF, que o empresário ‘não demonstra qualquer surpresa com a substituição de etiquetas de validade em uma carga inteira de carnes de barriga ou com a utilização de carnes vencidas há 3 meses para a produção de outros alimentos'. Já um fiscal agropecuário revelou à PF denunciou a reembalagem de produtos inadequados para a venda também aconteceu na BRF, grupo que controla a Perdigão e a Sadia, em novembro de 2015. Outro diálogo interceptado pela PF revela uma conversa sobre 18 toneladas de peru com salmonela que teriam sido levadas para o frigorífico Santos e posteriormente foram liberadas. Por conta das fraudes, o Ministério da Agricultura afastou 33 servidores da pasta e suspendeu as operações de três frigoríficos por envolvimento no esquema (veja mais). BN
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