Gustavo Maia*Do UOL, no Rio
Caminhando com o auxílio de um andador, Mônica, 74, deixa o prédio do IML do Rio depois de ter o exame de corpo de delito negado por conta da greve dos policiais civis
Desde que começou a ser ameaçada pelo ex-companheiro, no dia 28 de janeiro, Maria* diz ter perdido as contas de quantas vezes foi a delegacias tentar registrar a ocorrência e buscar proteção. Moradora de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, ela procurou ajuda nas duas Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) da cidade e em outras três delegacias. Em todas elas, recebeu a mesma resposta: "Estamos em greve".
Tem sido assim há pouco mais de 50 dias. A paralisação dos policiais civis do Rio começou em 17 de janeiro, e não há previsão para a retomada total das atividades. Nesse período, apenas casos considerados graves ou flagrantes, como homicídios, estupros e sequestros, por exemplo, têm sido registrados nas delegacias fluminenses. Foi a estratégia adotada pela categoria para tentar pressionar o governo a pagar em dia os salários --hoje, atrasados-- e melhorar as condições de trabalho dos agentes. LEIA MAIS
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