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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Doria quer acabar com a cracolândia neste semestre

Avener Prado/Folhapress
São Paulo - O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) prometeu nesta terça-feira, 7, acabar com a cracolândia da região da Luz, no centro da capital, ainda neste semestre. Com a implementação do programa Redenção até junho, o tucano disse que os dependentes químicos não ficarão mais na rua. Segundo Doria, a remoção será feita de forma "humanitária" e terá também um caráter contínuo, para evitar o retorno dos usuários de droga às ruas.

"Não vão ficar na rua. Eles receberão o tratamento clínico necessário e o atendimento social que devem ter", afirmou o prefeito, após uma reunião de duas horas e meia na Secretaria da Segurança Pública. Para o tucano, a presença de dependentes químicos nas ruas do centro é "uma imagem ruim para as pessoas, para a cidade e para o Brasil".

"Esta imagem, nós esperamos que dentro em breve seja algo do passado. E que as pessoas que ali estão, como psicodependentes, possam ter o seu atendimento clínico, o resgate da própria vida, uma oportunidade ao emprego e, com isso, a chance de cidadania que hoje não têm, infelizmente", disse, complementando que os criminosos da cracolândia "terão a força da lei" e serão presos.

"Ainda neste semestre a ação será implementada, mas sempre com muito diálogo e com uma ação feita de forma humanitária e do ponto de vista medicinal, como recomendam as boas práticas", destacou.

A ação será coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Município e do Estado e pela Secretaria de Saúde da Prefeitura e do Estado. Esta foi a terceira reunião sobre o programa Redenção. A próxima ocorrerá no dia 13 de março.

No encontro da manhã desta terça, estavam os secretários estaduais da Segurança Pública, Mágino Alves, e do Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, além dos secretários municipais da Saúde, Wilson Pollara, e de Assistência e Desenvolvimento Social, Soninha Francine. Participou ainda do encontro o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Marcos da Costa, e uma promotora do Ministério Público Estadual.

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