O empresário Donald Trump afirmou neste domingo que renunciará ao salário de US$ 400 mil anuais que lhe corresponderia como novo presidente dos Estados Unidos e que só cobrará um dólar, ao ser essa a quantidade mínima que deve aceitar por lei. Trump anunciou sua decisão em entrevista para o programa "60 minutes" do canal "CBS", sua primeira aparição na televisão após ganhar as eleições do dia 8 de novembro.
"Acho que por lei tenho que aceitar um dólar, portanto aceitarei um dólar por ano. Mas, o certo é que não sei sequer qual é o salário. Você sabes qual é?", perguntou Trump durante a entrevista à jornalista Lesley Stahl, que lhe respondeu que a retribuição anual para um presidente dos EUA é de US$ 400 mil. "Não vou aceitar esse salário, não o receberei", afirmou Trump, que gastou boa parte de sua fortuna com programas de televisão, hotéis, cassinos e negócios imobiliários.
Trump também disse que divulgará sua declaração de impostos "no tempo apropriado" e defendeu sua decisão de não divulgá-la durante a campanha eleitoral, como é costume nos EUA há décadas por parte de todos os candidatos à Presidência. Na entrevista, Trump falou sobre outros temas como a Corte Suprema, composta atualmente por oito juízes após a morte em fevereiro do conservador Antonin Scalia, a quem o milionário prometeu substituir com um magistrado favorável aos valores da direita cristã.
No entanto, hoje Trump disse que se sente "bem" a respeito da decisão do alto tribunal de legalizar o casamento entre as pessoas do mesmo sexo, embora tenha considerado que o direito das mulheres a pôr fim a sua gravidez deve ser competência dos estados e não do governo federal, como o é atualmente.
Além disso, Trump exigiu o fim dos atos violentos contra os hispânicos, afro-americanos e membros da comunidade de lésbicas, gays, transexuais e bissexuais (LGBT), três grupos que denunciaram um aumento de ataques desde a vitória eleitoral do empresário. Do mesmo modo, Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro, pediu para quem se manifestou nas ruas contra sua eleição que "não tenha medo". (BocaoNews)
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