Tem total razão o ex-governador Sérgio Cabral quando se diz indignado com a situação pela qual está passando. É mesmo humilhante ter que trocar aquele vaso sanitário importado, cheio de funções, como controle de volume de água e de sua temperatura, sendo obrigado a dividir visualmente o famoso "boi", onde tem que se agachar para fazer o "número dois", com direito a plateia de companheiros de xadrez. Deve ser horrível para Cabral não poder se vestir com aquele terno de R$ 140 mil, sendo obrigado a usar aquela roupa verde, já utilizada por outros. Viajar no seu helicóptero particular? Nem pensar! Agora é na caçapa de um camburão. Sua mudança de um apartamento de luxo no Leblon para Bangu é algo realmente triste para ele. O pior deve ser no que diz respeito a nutrição, porque ao invés dos restaurantes sofisticados da Europa agora Sérgio Cabral tem direito a degustar macarrão com farofa acompanhados de refresco de guaraná. Para arrasá-lo de vez, é duro (em todos os sentidos) para ele ter apenas R$ 455,00 na sua conta bancária;
Acreditando na impunidade que sempre houve no Brasil e que a Operação Lava-Jato está fazendo desaparecer ao condenar e mandar para atrás das grades figurões da política e do empresariado, Sérgio Cabral não pensou no péssimo exemplo que dá aos seus filhos, que certamente estão até impedidos de andar naturalmente pelas ruas e devem estar sendo vítimas de buylling por onde passam. E a humilhação pela qual está passando seu pai, Sérgio Cabral, conceituado jornalista, escritor, compositor e pesquisador brasileiro? Seu pai foi também vereador na cidade do Rio de Janeiro por três mandatos, entre 1983 e 1993. Neste mesmo ano foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Município, cargo que ocupou até maio de 2007, quando se aposentou compulsoriamente ao completar 70 anos de idade, sem nenhum episódio que pudesse manchar a sua idoneidade moral. Hoje, próximo de completar os 80 anos (em maio do ano que vem), certamente está bastante triste com os rumos que tomou aquele que é seu herdeiro político. Que ingrato é você, Sérgio Cabral Filho! por Airton Leitão
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