O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido junto a correligionários que o PT, partido que ocupou o Executivo federal durante 13 anos e disputou todas eleições presidenciais desde a redemocratização, recue e adote a estratégia de priorizar a eleição de deputados federais no pleito de 2018.
A ideia de Lula é que os principais quadros do partido, ex-ministros, ex-governadores, ex-prefeitos, deixem seus projetos individuais de lado e se candidatem à Câmara com o objetivo de puxar votos para os demais nomes do PT.
Entre os nomes citados estão os de Fernando Haddad, Luiz Marinho, Eduardo Suplicy, Jaques Wagner, Lindbergh Farias, Tarso Genro, Olívio Dutra, Marcio Pochmann, José Guimarães, Ideli Salvatti, Gleisi Hoffmann, Patrus Ananias, Aloizio Mercadante e Humberto Costa, entre outros.
A possibilidade de que o PT tenha uma queda drástica no número de deputados se tornou uma preocupação para Lula. Nas últimas semanas, ele manobrou para esvaziar ameaças debandada vindas do Muda PT, grupo formado pelas cinco maiores correntes de esquerda do partido e que tem a maioria da bancada petista na Câmara.
O temor de Lula se acentuou depois do fracasso histórico da legenda nas eleições municipais. Interlocutores do ex-presidente avaliam que o resultado de 2016 é apenas um sinal do que deve ocorrer em 2018. Alguns dirigentes avaliam que a bancada, hoje com 58 deputados, pode ser reduzida a 20 nomes.
Com isso, o PT perderia tempo na TV, verbas do Fundo Partidário e relevância nas principais discussões no Congresso.
A ideia de Lula ainda não foi discutida formalmente pelo partido. O PT deve traçar a estratégia eleitoral somente em abril do ano que vem, no 6.º Congresso Nacional da legenda. No evento será escolhida a nova direção do partido e as correntes internas começaram a definir nomes para a presidência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário