Há inquietação na caserna. Sucateadas ao longo dos anos, as Forças Armadas utilizam equipamentos obsoletos. O general da reserva Maynard Marques de Santa Rosa advertiu que o Exército brasileiro tem munição para “menos de uma hora de combate”. E usa há mais de 45 anos o mesmo fuzil FAL, fabricado pela brasileira Imbel. Não há planos para modernizar.
Os gastos diretos das Forças Armadas atingiram os R$55,6 bilhões em 2016, mas 82,4% do total (exatos R$ 45,9 bilhões) foram para pagar salários, pensões e benefícios aos militares da ativa e reformados. A situação é pior no Exército, que tem o maior efetivo e destina 85,5% (R$ 23 bilhões) dos gastos à sua folha de pagamento.Significa que ignoram solenemente a Lei de Responsabilidade Fiscal. A Aeronáutica tem a situação “menos pior” das três Armas: 77,2% dos gastos diretos foram para a folha. Na Marinha são 81,7%.
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