por: Willyam Reis
Após 13 anos no poder, com a possível saída permanente de Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores (PT) precisa reaprender a fazer oposição. Desde a sua fundação, há 36 anos, a legenda é uma congregação monoteísta, em que tem Luiz Inácio Lula da Silva, seu fundador, como o único "deus". De acordo com o UOL, a sigla, em termos doutrinários, construiu durante sua existência oposicionista uma pregação embasada na ética. Com a operação Lava Jato, Lula está prestes a ser denunciado pela força-tarefa de Curitiba, e os procuradores estariam convencidos de que o PT seria um centro de coleta de fundos ilícitos. Desta forma, o partido já não pode jogar pedras nos telhados de vidro dos outros sem parecer hipócrita. Lula, em reunião com congressistas do PT, aconselhou-os a apertar os cintos, porque o PT está pousando na sua nova realidade. Busca algo que permita à legenda reconstruir o seu discurso. O problema é que o marqueteiro João Santana, mestre na composição das "narrativas" do PT, está agora no papel de delator. O Partido dos Trabalhadores precisa agora enfrentar algumas dificuldades para se opor às propostas do presidente interino Michel Temer, já que o ajuste fiscal havia sido assumido por Dilma como uma prioridade retórica.
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