Foto: Christopher Furlong/Getty Images
A produção industrial está em crescimento ininterrupto desde março, o dólar desceu recentemente a seu menor nível em mais de um ano, a Bovespa sobe desde janeiro e tanto consumidores quanto empresários têm declarado uma confiança crescente na economia. Se levarmos em conta apenas esses indicadores, dá para pensar que a difícil recessão pela qual o país passa, a mais severa desde o início da década de 30 do século passado, é página virada. Mas o desemprego na casa dos dois dígitos, o desempenho muito ruim do comércio e dos serviços no primeiro semestre do ano e a previsão de retração, pelo segundo ano seguido, de mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), indicador que mede a geração de riquezas do país, acendem o alerta: talvez seja cedo para o espocar de fogos. Afinal, a crise está no fim? É fato que muitos economistas têm visto indícios de melhora, mas é preciso fazer a ressalva: há sinais de avanço, o que não significa que a crise econômica esteja se encerrando. O país precisa avançar mais alguns degraus antes de decretarmos que o pior ficou para trás. Em geral, a retomada da atividade de um país em recessão – caso do Brasil, que vê sua economia encolher desde o segundo semestre de 2014 – ocorre em etapas. Os passos são paulatinos, a caminhada não é exatamente perfeita e há avanços e retrocessos ao longo do caminho. Ainda assim, é possível enxergar uma lógica – e o Brasil está antes da metade do caminho. As informações são da Veja.
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