Estudos científicos descobriram que as células cancerosas de tumores deixam rastros e sinais no sangue.
Mas, por meio de uma técnica simples e eficiente, foi desenvolvido um exame que promete revolucionar o diagnóstico e o tratamento do câncer – a “biópsia líquida”: um método minimamente invasivo que permite a identificação do grau do câncer, a regressão ou o aumento, ou seja, com a biópsia líquida é possível detectar mutações no momento em que elas surgem.
Com ela, o oncologista clínico tem informações personalizadas sobre seus pacientes, podendo direcionar a abordagem terapêutica mais adequada para cada situação.
A dificuldade de acessar as diferentes populações de células tumorais por biópsia convencional é um dos maiores desafios no cuidado contínuo e monitoramento do câncer.
O método, que identifica células tumorais no sangue ou até mesmo o DNA destas células, pode auxiliar os médicos a caracterizar o tumor e determinar o melhor caminho para o tratamento sem que o paciente sofra tanto no organismo.
“A questão é que os tumores podem desaparecer e voltar em outro órgão. Daí, fazer a biópsia convencional leva a uma série de processos e acarreta sofrimento ao paciente como todos já sabem. Ao invés de tratarmos a doença de modo convencional, queremos facilitar o tratamento para o doente.
A eficácia da biópsia líquida é de 80%”, enfatiza o médico Mariano Zafis.
A técnica desenvolvida nos Estados Unidos chegou ao Brasil. O exame foi desenvolvido no País pela Progenética Hermes Pardini.
A biópsia líquida é capaz de impedir a evolução da doença, antes mesmo dos exames de imagem ou do surgimento de sintomas clínicos. O teste consegue, ainda, identificar se o tumor está desenvolvendo qualquer mutação ou resistência ao tratamento. “Ele ajuda a detectar metástases e reincidência do tumor. É um método fácil e de grande eficácia”, garante o médico.
Segundo o especialista, o tumor vascularizado entra em contato com a corrente sanguínea e as células mortas colocam no sangue o DNA tumoral. “A ideia da biópsia líquida consiste na coleta e análise de uma amostra de sangue, de onde se extrai o DNA do plasma e por meio de um teste genético é possível descobrir mutações no gene”, explica Zafis.
O teste é revolucionário e tem suas vantagens.
O médico Mariano Zafis explica que “a principal vantagem do teste é a possibilidade de monitorar a doença por meio de um método que reconhece as características moleculares do câncer, especialmente em diferentes momentos da evolução da doença. Isso permite aos médicos fazer as recomendações terapêuticas personalizadas para as especificidades do paciente”.
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