Em meio a uma epidemia de zika no país, doença que provoca má formação fetal e problemas de desenvolvimento em bebês, mulheres e gestantes reclamam da falta de informação no sistema de saúde, público ou privado, e na imprensa. Para elas, que querem também políticas públicas para exterminar o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypiti, e apoiá-las no tratamento, a mídia e os profissionais de saúde acabam gerando angústias ao difundir “sofrimento” e em não dar orientações relevantes.
As opiniões são de grávidas das classes C e D entrevistadas em São Paulo, Recife e João Pessoa, em abril, reunidas em pesquisa do Instituto Patrícia Galvão – Mídia e Direitos, em parceria com o Data Popular e apoio da ONU Mulheres, divulgada hoje (2), no Rio de Janeiro.
Poucas informações
Segundo a pesquisa, mulheres buscam informações sobre a síndrome da zika congênita, que passa da mãe ao bebê, na barriga, mas mesmo nas unidades de saúde, não encontram. “[A consulta] é muito rápida, a maioria nem olha para sua barriga”, disse uma delas.
Muitas saem com dúvidas dos consultórios, sem saber, por exemplo, que podem pegar a doença durante toda a gestação e não apenas nos três primeiros meses – hipótese que chegou a ser cogitada cientificamente, mas já foi afastada – e que devem usar camisinha para evitar o contágio em relações sexuais, mesmo com o próprio parceiro – que pode ter sido picado pelo Aedes aegypti. Falta esclarecer também que a amamentação e vacinas não transmitem o vírus da zika. Leia AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário