O casal João Santana e Mônica Moura deixou a cadeia na tarde desta segunda-feira. Eles estavam presos desde 22 de fevereiro, quando foi deflagrada a 23ª fase da Operação da Lava Jato, a Acarajé. A soltura do marqueteiro e de sua mulher e sócia foi determinada pelo juiz federal Sergio Moro, que conduz as ações decorrentes da Lava Jato em Curitiba. De acordo com o advogado do casal, Fábio Tofic Simantob, o magistrado considerou que, diante dos recentes depoimentos prestados pelo casal, não havia motivo para manutenção da prisão preventiva. No fim de julho, o publicitário e sua mulher admitiram que receberam 4,5 milhões de dólares de caixa 2 na campanha de Dilma, em 2010. Com a confissão, eles reconheceram que mentiram nos primeiros interrogatórios. O casal, no entanto, negou que soubesse que o dinheiro tinha origem em propinas do esquema de corrupção da Petrobras. João Santana e Mônica são réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A procuradoria alega que os dois tinham plena consciência da origem ilegal do dinheiro e das atividades ilícitas praticadas pelo PT, “uma vez que estas eram fundamentais para que fosse estruturado o projeto de manutenção no poder do partido”, conforme o texto da denúncia. Segundo o advogado, Moro determinou como condição para soltura o pagamento de fiança de 30 milhões de reais, valor que já havia sido bloqueado das contas do casal. Santana e Mônica negociam com a Lava Jato um acordo de delação premiada.
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