Uma trajetória e tanto. A menina que um dia foi moradora de rua vestiu ontem a beca e entrou no salão nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) para receber o diploma de Licenciatura em História. Mona Liza Nunes de Souza, 28 anos, foi abandonada pela mãe quando nasceu e criada por uma avó que não a amava e a maltratou até os 9 anos. Em fevereiro de 2011, quando ela foi aprovada no vestibular, o CORREIO contou a sua história.
Quando a mãe reapareceu trazendo com ela outras duas crianças, Mona achou que ficaria segura. Mas o segundo capítulo dessa história não seria menos doloroso. Ontem, ela foi a única formanda aplaudida de pé pelos colegas e por um auditório lotado. Nos últimos anos, as despesas de Mona foram com livros e xerox. Acordava às 5h para ir às aulas. À tarde, ia para o estágio no Arquivo Público do Estado e depois voltava à faculdade.
Há três anos, deu à luz pequeno Lucas e precisou administrar os estudos com a maternidade. Ela conta que sofreu preconceito por ser negra e pobre, mas nada a fez desistir do sonho do curso superior. “Chegava em casa por volta das 23h, cansada. Fazia a comida do meu filho e me preparava para o dia seguinte. Foi difícil, mas está provado que não era impossível”. Leia AQUI
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