Eduardo Braga deixou governo em abril | Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
Seis ex-ministros do governo de Dilma Rousseff (PT) devem votar contra a presidente afastada no processo de impeachment, previsto para começar no próximo dia 25 no Senado. Com o discurso de que a petista cometeu erros e de fidelidade aos partidos que integram, os senadores apontam, reservadamente, motivações pessoais para a decisão. Entre os seis ex-ministros, quatro são do PMDB – Garibaldi Alves (PMDB-RN), Eduardo Braga (PMDB-AM), Marta Suplicy (PMDB-SP), Edison Lobão (PMDB-MA) – e dois do PSB – Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Eduardo Lopes (PRB-RJ). De acordo com a Folha de S. Paulo, caso eles votassem a favor de Dilma, ela só precisaria de mais um voto para barrar o impeachment definitivo. O PMDB rompeu com a presidente afastada quando havia indícios de que o impeachment tinha chances reais de ser aprovado pela Câmara dos Deputados. Já o PSB deixou a base aliada antes da reeleição da petista, quando a legenda lançou a candidatura do ex-governador Eduardo Campos à Presidência. "O que me colocou no Senado foi a representação do povo do Amazonas e ele tem se manifestado claramente e majoritariamente em todas as pesquisas com relação ao afastamento. Isso não significa que eu não respeite e não tenha consideração pessoal pela presidente", alegou Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia de Dilma até abril deste ano. Para Garibaldi Alves, que comandou a Previdência, julgar Dilma é "uma árdua missão”. Marta, ex-petista que comandou a pasta de Cultura, defendeu a saída de Dilma já na primeira votação que o Senado fez no processo. Na última votação do processo, 21 senadores ficaram ao lado da presidente, contra 59 que se posicionaram a favor de seu afastamento. Para não sofrer impeachment, ela precisa do apoio (ou ausência) de pelo menos 28 senadores. bn
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