Quase dois anos após receber a aprovação do FDA (órgão governamental norte-americano), a prótese inovadora da DEKA tem um fabricante, e em 2016 pode começar a mudar as vidas de amputados.
Desenvolvido pelo inventor Dean Kamen (aquele que criou o Segway) e pela DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa), o braço chamado LUKE oferece um nível de destreza e flexibilidade praticamente desconhecido na tecnologia das próteses. Em vez de dar poder a apenas uma articulação ou contar com um sistema baseado em cabos, o LUKE (nome inspirado na mão robótica que Luke Skywalker recebe no final de ‘Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca’) possui motores no ombro, no cotovelo e na mão.
O resultado é uma prótese completa de braço ou antebraço capaz de fazer coisas que muitas outras não conseguem. O braço LUKE, por exemplo, permite que os usuários levantem o braço em uma altura acima da cabeça, levantem do chão objetos relativamente pesados, e lidem com objetos delicados ou duros, de forma relativamente fácil.
A prótese também conta com um sistema de comunicação bidirecional. Eletrodos permitem que o usuário controle os movimentos do braço com movimentos musculares, e o dispositivo transmite feedbacks relacionados à força do punho através de um sensor. Este controle associando pensamento e ação fez com que muitos classificassem o LUKE como um dispositivo controlado pela mente.
Após a finalização de testes clínicos com mais de 100 amputados, o braço LUKE será vendido pela empresa DEKA’s Mobius Bionics e construído pela Universal Instruments Corporation.
“Trabalhar lado a lado com os amputados e descobrir o que eles gostavam e não gostavam nas próteses teve um valor inestimável para o processo de desenvolvimento do nosso produto. Graças aos seus comentários e percepções nós fomos capazes de construir o mais avançado design aprovado pelo FDA que o mundo das próteses para membros superiores já viu até hoje,” disse Kamen em uma declaração.
Embora seja muito avançado, o braço LUKE não é a única tecnologia protética revolucionária em desenvolvimento atualmente. Em 2014 pesquisadores da Suécia uniram com sucesso uma prótese inovadora ao corpo de um usuário através de uma técnica conhecida como ósseo-integração, que liga o braço ao osso do usuário e cria uma interface mais direta entre os músculos, nervos e a prótese do amputado.
Ainda não há informações a respeito de quanto o braço LUKE irá custar, mas é fácil imaginar que o valor seja de dezenas de milhares de dólares. Como comparação, uma mão impressa por uma impressora 3D, que é imensamente menos sofisticada, pode custar U$ 50 (cerca de R$ 165 reais).
Seja qual for o custo final, a demanda para o braço LUKE e outras próteses modernas certamente é relevante. De acordo com informações do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano), cerca de 500 pessoas perdem um membro diariamente nos Estados Unidos. Fonte: Yahoo
Nenhum comentário:
Postar um comentário