Por Estadão Conteúdo
Diretor do Departamento de Investigações Criminais afirmou que bandidos ligados à facção criminosa estão envolvidos em ataques a transportadoras de valores nas cidades de Ribeirão Preto, Campinas, Santos e Santo André
Carla Caniel/Estadão Conteúdo - 17.08.2016
Apesar de toda a estratégia de guerra utilizada para tentar roubar a Protege, ação de bandidos foi frustrada
O diretor do Departamento de Investigações Criminais (Deic), delegado Emygdio Machado Neto, afirmou que a polícia investiga a participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na tentativa de roubo à transportadora de valores Protege, em Santo André, no ABC Paulista, na madrugada desta quarta-feira (17). Dez bandidos tentaram invadir a empresa com fuzis e metralhadoras. Sete suspeitos de envolvimento na tentativa de assalto foram presos, conforme noticiado pela "Globonews".
Machado assegurou que os bandidos mentores da ação são os mesmos que assaltaram três outras empresas de transportes de valores em Ribeirão Preto, Campinas e Santos, e levaram quase R$ 140 milhões. "A participação (do PCC) é investigada. E o caso de hoje tem ligação com todos os demais anteriores", afirmou Machado Neto.
Em julho, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) obrigou o Deic a desmentir a suspeita de participação do PCC nos crimes em entrevista coletiva. Nesta quarta-feira, porém, o diretor do departamento afirmou que bandidos ligados à facção estão envolvidos nos ataques. Alguns dos criminosos foram identificados e estão presos.
Apesar de toda a estratégia de guerra utilizada para tentar roubar a Protege, a polícia considera que a ação dos criminosos foi frustrada. Os vigilantes, armados com escopetas calibre 12 e revólveres, trocaram tiros com os ladrões, o que atrasou o andamento do assalto e ajudou na chegada da polícia ao entorno da Protege.
Diretor do Departamento de Investigações Criminais afirmou que bandidos ligados ao PCC estão envolvidos no ataque
Na fuga, os bandidos trocaram tiros com a Polícia Militar, incendiaram 11 veículos e causaram pânico na cidade. Um funcionário ficou ferido e nada foi levado da empresa.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, além da rua dos Coqueiros, sede da Protege, houve outros focos de incêndio nas proximidades semelhantes a barricadas, e a distribuição de pregos retorcidos nas pistas para tentar conter a chegada da polícia.
Em nota, a Protege informou que os vigilantes e as barreiras do sistema de segurança impediram que os criminosos tivessem acesso ao caixa-forte da empresa e que conseguissem realizar o assalto. A empresa afirmou ainda que um funcionário ficou ferido e recebeu atendimento e passa bem. "A Protege aguarda a apuração dos fatos e, para isso, colabora com as autoridades policiais em sua investigação."
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