Cientistas das Universidades Harvard (EUA) e Oxford (Inglaterra) realizam um estudo cujo objetivo é prever quanto tempo pode existir a vida em torno de estrelas que têm condições ambientais favoráveis, como é o caso do Sol.
O tempo durante o qual vida pode se desenvolver nas cercanias de uma estrela está diretamente relacionado com duração da vida da própria estrela, aponta resultado parcial de pesquisa publicado no site Arxiv. A única exceção acontece quando a estrela deixa de existir por motivos forçados, como é o caso da colisão com um corpo celeste ou em razão da influência de uma outra força destrutiva.
Segundo dados da pesquisa, a vida pode se desenvolver na área de uma estrela que possua mais massa que o nosso Sol. Simultaneamente, a massa da estrela é inversamente proporcional à duração da vida: quanto menos massa possui a estrela, durante mais tempo a vida pode existir. As estrelas mais comuns no Universo, as anãs vermelhas, cuja a massa é muito pequena, podem existir e manter a vida em torno delas por cerca de dez trilhões de anos, conforme estudos realizados com o emprego de telescópios de última geração.
As estrelas parecidas com o Sol durante a sua evolução passam por várias etapas – anã amarela, estrela subgigante e gigante vermelha – e daqui a 10 bilhões de anos se tornam em anã branca. Em qualquer destes períodos a estrela pode tornar impossível as condições de vida em planetas próximos, detalha análise postada no site Arxiv.
Pesquisadores lembram ainda que o processo de criação de estrelas começou há bilhões de anos. Os sistemas planetários começaram a aparecer muito mais tarde, depois de as explosões de supernovas formarem a segunda geração de estrelas. Os cientistas avaliam que esse é o ponto zero para a existência de vida no Universo, que se limita à vida de estrelas mais estáveis, com uma duração de cerca de 10 bilhões de anos.
Atualmente a teoria mais aceitável pela comunidade é que a criação do universo gerado pelo fenômeno do Big Bang ocorreu por volta de 13,3 a 13,9 bilhões anos atrás.
Em 2015 astrônomos internacionais anunciaram a descoberta da estrela mais antiga conhecida pela ciência. A estrela tem 11,2 bilhões de anos e está situada em um sistema estelar contendo cinco planetas do tamanho da Terra. Para comparação nosso sistema solar tem cerca de 4,5 bilhões de anos. por Robson Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário