A epidemia de diabetes 2 que ameaça a saúde da população global pode ser bem maior que o imaginado. Um artigo assinado por alguns dos mais respeitados epidemiologistas e diabetologistas do mundo sugere que o número real de pacientes é 520 milhões, e não 415 milhões, como o estimado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês). Paul Zimmet, pesquisador da Universidade de Monash, na Austrália, e principal autor do trabalho, publicado na revista Nature Reviews, destaca ainda que padrões diferentes de diagnóstico e subnotificação da mortalidade atrelada à doença metabólica pintam um quadro pouco fidedigno dos impactos provocados por ela.
No artigo, cientistas da equipe de Zimmet ressaltaram que diversos estudos têm confirmado aumentos expressivos da prevalência do diabetes ao longo do tempo. Ainda assim, “até uma década atrás, (…) muitas agências de saúde internacionais e governos nacionais deram pouca prioridade ao aumento da frequência da doença”, escreveram. “Dados confiáveis são necessários por muitas razões, além de apenas aumentar e manter a atenção sobre o diabetes mellitus. Eles são muito importantes para identificar grupos ou populações que podem precisar de cuidados específicos ou especiais relacionados à doença e ajudar a definir prioridades”, sustenta o pesquisador.
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