Claudia Jimenez: 'Depois que coloquei marca-passo, meu coração, nem que ele queira, dá defeito'Foto: Divulgação / O Dia
Rio - ‘Graças a Deus, eu estou bem. Depois que coloquei marca-passo, meu coração, nem que ele queira, dá defeito”, empolga-se Claudia Jimenez, 57 anos, ao falar sobre sua volta às novelas. Recuperada da cirurgia que a tirou da trama ‘Além do Horizonte’, em dezembro de 2013, a atriz conta que já não aguentava mais ficar afastada do trabalho. De tanto insistir, ela teve seu pedido atendido e, agora, faz parte do núcleo cômico de ‘Haja Coração’, produção das 19h, de Daniel Ortiz, com direção de Fred Mayrink, prevista para estrear no mês que vem
“Estou muito feliz. Faço a Lucrécia, mulher do Agilson Varela (Marcelo Médici), irmã da Teodora (Grace Gianoukas) e mãe da Camila (Agatha Moreira). Eu e Marcelo formamos um casal que vive às turras e às custas da Teodora e do Aparício (Alexandre Borges). A relação com a irmã não é das melhores. A filha, em determinado momento, perde a memória. A moça era um capeta e, por isso, Lucrécia gosta dessa fase desmemoriada da filha. Essa personagem vai me dar a possibilidade de bombar”, frisa a atriz.
Sobre o que o público pode esperar da renovada Claudia, ela é enfática: “Minha energia. Agora estou 100%. Você vai rir muito comigo.”Mas ela deixa claro que a emissora jamais a pressionou para retornar à cena. “Eu sou funcionária da Globo há 37 anos e não foi a primeira vez que eles me ajudaram. Eu tive um câncer há 20 anos e, ali, a empresa já mostrou que veste a camisa. Quando realmente precisei ficar longe e queria voltar, eles diziam para eu ir no meu tempo, sem pressa. Aí brinquei com isso, que estava com vergonha de receber salário sem trabalhar. Eu que pedi para voltar.”
Na história, que é uma releitura de ‘Sassaricando’, de Silvio de Abreu, exibida em 1987, Claudia fará a personagem que foi de Maria Alice Vergueiro: “Eu assisti à primeira versão. Sou uma atriz intuitiva, não tenho técnica. Acho a Maria Alice uma p... atriz, já a vi no teatro várias vezes, mas não me baseio em ninguém.”
Antes da trama, a artista protagonizou o seriado de Miguel Falabella ‘Sexo e as Negas’ (2014), só que aquele não era o seu melhor momento: “Era um seriado diferente e eu queria <CW-12>muito fazer, mas ainda não podia dar tudo de mim. Foi bom para começar a dar o primeiro passo.”
A atriz aproveita para esclarecer o uso de dublê no programa de humor. A direção, na época, escalou a sobrinha dela, a jornalista Beanca Jimenez: “Não tinha necessidade. Acho que foi uma precipitação da Cininha (de Paula, diretora). Ela é médica, talvez tenha ficado com um cuidado maior, mas dublê eu nunca pedi.”
O apoio da família, dos amigos e dos fãs foi fundamental para a recuperação de Claudia. “No hospital chegavam presentes e flores o tempo todo. Foi um carinho espetacular, que eu nem esperava. Amigos são poucos. A gente tem afetos, colegas, mas os amigos mesmo não me abandonaram. Miguel (Falabella) ia toda hora no CTI me fazer rir. Eu tinha medo de arrebentar os pontos. Minha família é maravilhosa, a Stella Torreão, com quem eu fui casada durante dez anos e, hoje, é minha sócia e melhor amiga, é a pessoa da minha vida”, derrete-se.
Mesmo no período em que ficou longe da TV e dos palcos, o assédio nunca mudou, ressalta a atriz: “Até hoje me chamam de Edileuza (‘Sai de Baixo’). Acredito que tenha sido a personagem mais marcante da minha carreira.”
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