Jornal do Brasil - O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE), ex-presidente do PP com mais de 40 anos de atividade parlamentar, citou políticos da oposição e da base do governo em sua delação premiada, negociada por cerca de oito meses e assinada há duas semanas com a PGR.
De acordo com Corrêa, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, recebia mesada de José Janene, ex-deputado do PP. Nardes, responsável pelo parecer das "pedaladas fiscais", que dá base ao impeachment, também foi deputado pelo PP.
Reportagem da Folha de S. Paulo com trechos da delação premiada que vem sendo negociada pelo ex-deputado indica que se esta for homologada pelo Supremo Tribunal Federal pode garantir transtornos à oposição.
Quando Nardes foi nomeado ministro do TCU, em 2005, um recibo que comprovava o pagamento da propina teria sido destruído. O valor era entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.
Corrêa também mencionou a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, uma das principais assessoras do político, em uma lista de operadores de propina, como a responsável por conduzir movimentações financeiras ligadas ao tucano.
Em outro trecho, Corrêa fala que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou a emenda da reeleição, com o apoio de grandes empresários, como do banqueiro Olavo Setúbal, já falecido, ex-dono do Itaú.
"Olavo Setubal dava bilhetes a parlamentares que acabavam de votar, para que se encaminhassem a um doleiro em Brasília e recebessem propinas em dólares americanos", diz o anexo da delação.
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