No ano passado, o Ceará teve a melhor taxa de transplantes de fígado do Brasil. O Estado foi o terceiro em transplantes de órgãos de doadores falecidos e obteve a mesma posição em doadores efetivos por milhão da população (pmp).
Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 10, pelo site do Governo do Estado do Ceará.
Em 2015, o Estado estabeleceu um novo recorde de transplantes de órgãos e tecidos, com a realização de 1.433 procedimentos, 34 a mais que o recorde anterior, de 1.399 transplantes em 2014. 198 pacientes receberam fígado saudável, superando os 195 transplantes feitos há dois anos.
O resultado manteve o Ceará como o que mais realiza transplantes de fígado no País, com taxa de 22,1 pmp, à frente de Distrito Federal (21,7) e Santa Catarina (15,8).
“Estado com cerca de nove milhões de habitantes e mais de 17 mil leitos hospitalares, cerca de mil de terapia intensiva. Realiza todas as modalidades de transplantes, ocupando posições de liderança no cenário nacional, com média de doadores e transplantes muito superior à média da região Nordeste.
É o Estado líder nacional em número de transplantes hepáticos por milhão da população e também realiza nove transplantes de medula óssea pmp”, informou o RBT sobre o desempenho do Ceará na captação de órgãos e realização de transplantes (ver publicação na íntegra).
Neste ano, conforme informações da Central de Transplantes de Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) foram realizados até o dia 3 deste mês, 38 transplantes de rim, três de coração, 24 de fígado, 14 de medula óssea, 114 de córnea e dois de esclera.
A lista de espera tem 11 pacientes na fila de transplantes de coração, 142 de fígado, 496 de rim, seis de pulmão e 546 de córnea, totalizando 1.210 pacientes ativos na lista de espera por transplantes de órgãos e tecidos.
Terceira posição em transplantes de órgãos de doadores efetivos e em doadores falecidos
O Ceará manteve o terceiro lugar em relação aos doadores efetivos, com taxa de 23,5 doadores pmp, atrás apenas de Santa Catarina (30,2) e Distrito Federal (28,4).
Em 2015, o Estado fez 538 notificações de potenciais doadores, ou 60,8 pmp. Mesmo que 330 dessas notificações não tenham efetivado doadores, o Estado ficou também em terceiro lugar do Brasil no percentual de efetivação de doadores, o que ocorreu em 39% das notificações, percentual menor que os 41% de Minas Gerais e Santa Catarina.
Nos transplantes de órgãos de doador falecido, o RBT destaca os estados com mais de 50 transplantes pmp: Rio Grande do Sul (61,1), Distrito Federal (60,0), Ceará (53,8) e São Paulo (50,8), sendo a meta para os transplantes com doador falecido de 70 pmp. Redação O POVO Online
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