O consumo do “príncipe maluco”, como é conhecida o drinque que mistura cachaça, canela e outros aditivos, pode causar euforia, desmaios, aceleração dos batimentos, e até mesmo Acidente Vascular Cerebral (AVC). “O risco do consumo dessas misturas – que associam álcool com estimulantes – é muito grande. As reações são das mais adversas e podem chegar a situações graves, como um AVC”, explica o neurologista Antônio Andrade. O médico aponta que as bebidas artesanais não permitem saber sua composição de forma segura, o que deixam os consumidores “em situação de grande vulnerabilidade”. “Já que a sensação provocada pelo álcool pode se reverter em atos ilícitos que o indivíduo, muito provavelmente, não cometeria em condições normais”, destacou. Os fiscais da Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) apreenderam 210 litros de bebidas artesanais até a madrugada desta segunda (8). “Em 2015, chegamos a somar 646 litros de bebidas desse tipo apreendidas. Acho que essa redução mostra que estamos no caminho certo. O nosso mérito maior não é apreender, mas perceber que as pessoas têm se conscientizado dos perigos da ingestão desse tipo de mistura”, avaliou a titular da Semop, Rosemma Maluf. O número de atendimentos realizados em decorrência do consumo de bebidas alcoólicas também reduziu. “Estamos registrando menos atendimentos por intoxicação alcoólica, que geralmente liderava as ocorrências em saúde nos carnavais anteriores. Tivemos 457 casos de pacientes com esse perfil no ano passado, enquanto este ano registramos 415 atendimentos. Portanto, uma redução de 9%", explicou o secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves. bn
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