O Ministério Público do Distrito Federal abriu procedimento administrativo para investigar a citação do órgão na propaganda de um curso sobre a "cura gay". Uma imagem que circula em redes sociais diz que o MP "chancelou o conteúdo" da palestra, dada pelo professor Claudemiro Soares, mas o órgão nega a informação. Em nota, o MP diz que não analisou ou chancelou o curso e que "não compactua com qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas e a adotarem ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados", conforme recomendado pelo Conselho Federal de Psicologia. O procedimento administrativo foi aberto após questionamento do G1 à assessoria de imprensa e de defensores dos direitos humanos pelas redes sociais. A reportagem tentou contato com o professor Claudemiro Soares ao longo do dia, mas o celular dele estava desligado, e por redes sociais, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Em vídeo publicado por ele na web, Soares se intitula um "ex-gay" que conseguiu superar o homossexualismo há 19 anos. Ele disse que virou homossexual porque a mãe dele teria ido a um centro espírita quando estava grávida. Na gravação, Soares afirma que foi "viciado no homossexualismo" na adolescência, por causa de "orgias entre os coleguinhas. "Eu gostava. Não queria contar para os meus pais, meus irmãos. Porque aqueles meninos que me abusavam, meninos com quem eu me envolvia, eram minha família." Ele diz ainda que aos 16 tentou ter uma namorada, mas não deu certo. Soares diz ter sido hostilizado até na igreja que frequentava, onde era chamado de "mariquinha" e "fresco". Na imagem que circula nas redes sociais e diz "conteúdo chancelado pelo MP", Soares usa uma camiseta com os escritos "Ninguém nasce gay". Hoje, ele tem dois filhos.
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