Bruno Rizzato - Estima-se que os seres humanos estejam produzindo diariamente dados equivalentes a 10 milhões de discos Blu-ray e muitos desses dados precisam ser armazenados em algum lugar.
Agora, pesquisadores no Reino Unido podem ter encontrado a solução: um disco digital de dados de cinco dimensões (5D) que pode armazenar 360 terabytes de dados por, pelo menos, cerca de 13,8 bilhões de anos.
Para criar o disco de dados, os pesquisadores da Universidade de Southampton utilizaram um processo chamado de “exposição a lasers de femtosegundos” que cria pequenos discos de vidro usando um laser ultrarrápido gerador de pulsos curtos e intensos de luz. Estes pulsos podem gravar dados em três camadas de pontos nanoestruturados separados por 5 micrometros (o equivalente a 0,005mm).
As 5 dimensões são representadas, em primeiro lugar, pela posição tridimensional de cada ponto dentro das camadas e em seguida, pelas dimensões adicionais que caracterizam o tamanho e a orientação do ponto. As nanoestruturas criadas pela tecnologia podem ser lidas utilizando um microscópio óptico em conjunto com um polarizador (um filtro desenvolvido para bloquear polarizações específicas de luz).
A equipe por trás dos novos discos 5D diz que eles poderiam ser muito úteis para instituições que lidam com grandes arquivos, como bibliotecas, museus e qualquer outro lugar com extensos registros.
“É emocionante pensar que criamos a tecnologia para preservar documentos e informações e armazená-los no espaço para as gerações futuras. Esta tecnologia pode garantir a última prova da nossa civilização: tudo o que aprendemos não será esquecido”, disse um dos pesquisadores, Peter Kazansky.
“É emocionante pensar que criamos a tecnologia para preservar documentos e informações e armazená-los no espaço para as gerações futuras. Esta tecnologia pode garantir a última prova da nossa civilização: tudo o que aprendemos não será esquecido”, disse um dos pesquisadores, Peter Kazansky.
Os pesquisadores estão apresentando seu trabalho na International Society for Optical Engineering Conference, em São Francisco, EUA, nesta semana. Depois disso, pretendem se encontrar com especialistas da indústria para a criação de uma parceria com intuito de melhor desenvolver a tecnologia, fazendo-a alcançar um estágio que poderia ser utilizado em produtos comerciais.
O suporte de armazenamento foi apelidado de “cristal de memória de Superman”, em alusão aos cristais de memória dos filmes do Superman. De fato, a criação parece de outro mundo! Ela não apenas pode armazenar quantidades absurdas de dados, como também pode suportar temperaturas de até 1.000 °C.
A tecnologia já havia sido demonstrada pela primeira vez em 2013, mas agora tornou-se capaz de armazenar muito mais dados. A equipe já salvou cópias da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), o livro “Óptica” de Isaac Newton, A Magna Carta e A Bíblia do Rei Jaime (Anglicana), nos minúsculos e revolucionários discos. [ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Jamie Condliffe ]
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