Foto: Reprodução / Vimeo
O marqueteiro João Santana assinou, nesta quinta-feira (25), uma autorização para que os investigadores da Operação Lava Jato tenham acesso aos dados da conta mantida pela offshore Shellbill no banco Heritage, na Suíça. Segundo a Folha de S. Paulo, na conta foram depositados ao menos US$ 7,5 milhões por offshores supostamente controladas pela Odebrecht e pelo lobista Zwi Skornicki – ambos investigados por envolvimento no esquema de desvios em contratos da Petrobras. "Ele e a Mônica [Moura, mulher do publicitário] não guardavam extratos da conta, mas autorizaram que os investigadores tenham acesso a ela. Não é razoável que um investigado consiga um extrato na Suíça quando está preso", disse o advogado Fabio Tofic, que afirmou que o banco não permite extratos via internet. Santana teria alegado, em depoimento à Polícia Federal, que as transferências são referentes a pagamentos por campanhas eleitorais no exterior. A defesa do publicitário nega que os valores tenham qualquer relação com a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. O marqueteiro e sua mulher, Mônica Moura, foram presos na última terça-feira (23), durante a 23ª fase da Lava Jato. O casal estava na República Dominicana e voltou após serem informados dos mandados de prisão. A defesa usou este fato para protocolar um pedido de revogação da prisão temporária dos dois. O advogado dos dois alega, ainda, que eles nunca foram funcionários públicos e não possuem qualquer contrato com o governo. "Eles são empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada", afirma a petição. bn
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