A Secretaria Municipal de Educação de Maracás, no Vale do Jiquiriçá, divulgou na noite de terça-feira (23), que 10 das 43 escolas da rede municipal de ensino serão fechadas. Com a medida, os alunos serão transferidos para unidades próximas e os prédios permanecerão sem funcionar até que o processo judicial que envolve a Prefeitura e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiver decisão final.
Das 43 escolas, 33 estarão à disposição da Secretaria para aulas a partir do dia 1º de março, quando começa o ano letivo em Maracás. A mudança foi determinada pelo prefeito Paulo dos Anjos (PT), depois do Censo realizado pelo IBGE e divulgado em 2015 revelar decréscimo populacional de quase 5%. A população do Município encolheu entre 2013 e 2015, levando a Prefeitura de Maracás ao índice de 1.2, representando uma perda média mensal de receitas de cerca de R$ 230 mil, o que segundo o chefe do Executivo, inviabiliza o curso normal da administração.
"Infelizmente, não vamos ter como colocar todas as escolas em funcionamento. Essa contagem do IBGE, que nós estamos contestando na justiça, até porque é um resultado injusto, prejudicou a todos nós, de Maracás, mas eu acredito em Deus e na justiça que nós vamos reverter essa situação. Estamos aguardando a resposta do IBGE, que deixou Maracás com 23.751 habitantes em dois anos, enquanto antes era de 25 mil habitantes e, mesmo o município ganhando territórios, não teve êxito em número de habitantes na estimativa do IBGE, que deve explicar essa situação”, justificou.
A previsão é que, com a mudança na Educação, segundo o prefeito, cerca de 1.000 dos 5.417 alunos sejam transferidos para outras escolas, na sede e zona rural. "Não dar para administrar um município grande como Maracás, com quase R$ 300 mil a menos por mês. Apenas com o recurso do Fudeb, não temos como manter todas as escolas funcionando. A nossa intenção é colocar as outras 10 escolas para funcionar em abril, quando o processo que tramita na Justiça Federal se encerrar e nós acreditamos que vamos reverter”, acredita.
Além da perda em receitas, Paulo dos Anjos revelou que a Prefeitura está há três meses sem os repasses da contribuição financeira pela exploração de recursos minerais no município através da Vanádio Maracás, mineradora que explora a extração de vanádio. "A mineradora é uma grande parceira de Maracás, apesar de que estamos com três meses sem receber CFEM e o ICMS, mas teremos uma reunião com os representantes da empresa para resolver essa questão”, revelou. Os repasses, mensalmente, chegam a R$ 200 mil, conforme disse o alcaide.Bocão News
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